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Maria Rocha, um caso de sucesso em: Outubro Rosa!

by - segunda-feira, outubro 12, 2015

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Falarmos da importância dessa campanha tão importante, tem mais sentido, quando podemos ver de perto o resultado dela, e, de como um diagnóstico precoce, de fato, pode salvar vidas.

Embora tenha vivido outros tipos de cânceres com pessoas muito próximas a mim, inclusive, com minha própria mãe, graças a Deus, este não esteve entre eles.

Mas uma de minhas amigas, a cat, Léia Ramos, acompanhou a sua mãe, no diagnóstico, tratamento e cura desta doença.

Eu não poderia deixar de solicitar a ela que dividisse com a gente, essa história, de luta e vitória, emocionante.

“Quando vejo essa bela campanha, intitulada de Outubro Rosa, conscientizando milhares de mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, não consigo não pensar em toda a luta vivida pela minha mãe. Mesmo não conhecendo essa campanha ela nunca deixou de se precaver. É obvio que isso não a impediu de ter câncer de mama, mas o diagnóstico precoce (ainda em grau I) fez com que suas chances de cura fossem de 90%.

Quando ela me ligou pra contar a “novidade”, confesso que me senti sem chão. Queria poder fazer algo pra reverter esse quadro. Inclusive cheguei a implorar a Deus que concedesse o milagre da cura sem que ela precisasse passar pelos tratamentos. Realmente não foi fácil pra mim, pior ainda pra ela. Nunca tinha me preocupado em saber sobre essa doença, e, de repente, me vi pesquisando sobre o tema, tratamento, chances de cura e principalmente como lidar com esse tipo de situação.

Minha fé em Deus manteve-se inabalável, mesmo a cura não acontecendo da forma que sonhei, e, hoje vejo tudo isso como grande aprendizado. Não só com aquela lição de dar valor à sua mãe e à vida, mas em como lidar com a doença.

Ao entrar no setor oncológico pela primeira vez me deparei com as mais diversas situações. Mulheres que nunca tiveram chance de fazer uma prevenção, mulheres cheias de esperança de cura, mulheres acompanhadas de maridos e/ou filhos que carinhosamente compartilhavam aquele doloroso momento, e, o mais triste: mulheres lutando sozinhas e mulheres que foram humilhadas por não terem mais os seios.

Acredito que essa campanha não é só pra conscientizar nós mulheres sobre a doença, mas também para conscientizar as pessoas que, são o amor e carinho com que essas mulheres são tratadas que influenciam, e muito, na cura. Inclusive o câncer de mama, em alguns casos, tem como causa grandes traumas psicológicos. Nem sempre o problema é genético.

Maria Rocha II

Minha mãe se viu rodeada de amigos desejando sua cura e isso a fortalecia. Eu não podia me dedicar 100% a ela por causa da faculdade, mas ela nunca ficava sozinha. Sempre gostei de acariciar seus cabelos, mas ver seu cabelo em minhas mãos me encheu os olhos de lágrimas e percebi que por algum tempo isso não seria possível. Adoeci junto com ela, digo isso não porque desanimei, mas porque era solidária às suas restrições, parei de cuidar do meu cabelo para que ela não sentisse falta do dela. Em nossa lista de compras só entrava o que ela podia comer para que não passasse vontade. Ir a festas, sair com os amigos era raro. Meu dever de filha era fazer daquela fase a menos dolorosa possível. E não me arrependo de ter sacrificado minha vida social por isso. As pessoas admiravam a força que ela tinha e o animo de lutar contra a doença.

Ela chorava sim, sofria, até porque a quimioterapia não afeta somente as células cancerígenas e o cabelo, afeta o emocional. O paciente fica mais sensível e suscetível a mudanças de humor.

maria rocha

Ah, mas a fé da minha mãe em sua cura era linda de se ver. Os médicos sempre se admiravam e pediam que ela conversasse com outras pacientes e pedem até hoje. E eu me orgulhava e deixava transparecer todo sentimento bom que a fizesse sentir a mais especial possível. Porque é isso que toda mulher é: especial; com ou sem os seios, com ou sem cabelos, paciente oncológica ou não, todas são especiais.

“Mainha” nunca mais será a mesma, eu sei, ela deve ter cuidados redobrados com a saúde, cuidar da alimentação, tem restrições físicas, e, principalmente um amor maior a Deus e à vida.

E quanto ao meu milagre... ele veio sim, mas Deus permitiu que ela passasse por todas as fases: retirada do tumor no dia 12 de setembro de 2011, quimioterapia e radioterapia, para ser exemplo de que a cura existe...

mas é preciso fazer sua parte, através da mamografia e do auto exame. “

Léia Ana Ramos

Filha da Guerreira: Maria Mendes Rocha Ramos

Após o fim do tratamento, em agradecimento, Maria Rocha começou a organizar uma festa especial para as crianças, no dia delas, todos os anos. Este ano acontece a terceira edição e promete mais uma vez muita diversão às crianças da região.

Maria Rocha

Um exemplo de luta, fé e de agradecimento para todas nós!

Agradeço imensamente por dividirem essa história com a gente! Que Deus continue abençoando esta família!

Beijo a todas!

Ahhhh! Já se tocaram hoje?

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